Entre os dias 18 e 24 de Fevereiro de
2019, cinco membros do Coletivo Cenas Camponesas participaram das atividades do
I e II módulos de formação da Escola de Teatro Político e Vídeo Popular-DF
(ETPVP), que ocorreram na sede da Adunb, no Campus Darcy Ribeiro da
UNB/Brasília, e na sede da UAB e quilombo Kalunga em Cavalcante-GO .
A ETPVP-DF é um projeto de extensão ligado
à Faculdade UnB Planaltina, proposto pelo Programa Terra em Cena, em parceria
com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Levante Popular da
Juventude. A escola forma e articula coletivos de teatro e audiovisual em áreas
de reforma agrária, territórios quilombolas e em zonas periféricas urbanas.
Para tanto, é utilizado o sistema de alternância, tal como nas Licenciaturas em
Educação do Campo da UnB e UFPI.
As atividades formativas foram
constituídas a partir de momentos de debates, palestras, oficinas e
laboratórios, além das apresentações das peças dos grupos teatrais VLST (Vozes
do Sertão Lutando por Transformação) e do coletivo Fuzuê da UFSJ. O objetivo foi
compartilhar procedimentos técnicos e estéticos das artes cênicas e da
linguagem audiovisual, bem como seus fundamentos teórico-políticos.
Participaram desse processo militantes de
movimentos sociais e culturais, urbanos e do campo, bem como professores da
rede pública, grupos e coletivos de cultura, membros de associações
comunitárias e sindicais. A Cia Burlesca contribuiu com oferecimento de
oficinas sobre teatro dialético, somando-se às contribuições do coletivo Fuzuê
também com oficinas.
Destaca-se, como síntese formativa deste
intercambio, que o teatro político é um meio de transformação das relações
sociais e de resistência à opressão que dialoga com a alma do público e dos
trabalhadores da cena. O teatro modula a percepção e nutre a ação , na medida
em que pode ser entendido como uma linguagem de estudo da realidade e de recriação
artística da forma de concebê-la como um vir a ser transfomável. Ao mesmo tempo
político, o teatro se constitui como um método de educação popular, que dentro
de um processo de retomada do poder de auto-exrpessão do povo e diálogo de
saberes, constitui-se como unidade dialética entre forma, conteúdo e modo de
produção, dirigido à proteção aos direitos humanos, incluindo-se entre os
mesmos o direito à arte.
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