Roteiro de oficinas de teatro político - planejamento para realização pós-pandemia
Público: jovens da Comissão Pastoral da Terra – CPT de Currais-PI
1° encontro
_ apresentação com o batizado mineiro: essa dinâmica consiste em formar uma roda com as pessoas envolvidas. Depois cada pessoa vai ao centro da roda, diz seu nome e faz um movimento qualquer, e as outras pessoas devem repetir. O tempo estimado para realização desta dinâmica será entre três e cinco minutos, (mas isso varia de grupo para grupo).
_caracterização do Coletivo Cenas Camponesas: falar sobre o surgimento do grupo e sua ligação com o Terra em Cena, bem como da sua trajetória, perpassando pelas peças já apresentadas e em que espaços, trabalhos teóricos já produzidos, eventos em que foram apresentados os trabalhos como, por exemplo, o Congresso Brasileiro de Agroecologia – CBA. Falar também da sua articulação com algumas comunidades rurais e com outros projetos de extensões ou programas da Universidade Federal do Piauí-UFPI como o projeto de cartografia social e o PIBID. Caracterizar o teatro político a partir da leitura conjunta do texto “Teatro Pós-Dramático e Teatro Político” de Hans-Thyes Lehmann, no qual o teatro para ser político não basta apenas trabalhar temas políticos nas suas peças, mas também ter a forma política. Discustir sobre teatro do oprimido-TO, que é um método teatral desenvolvido por Augusto Boal nos anos 70, a partir das contribuições do texto “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido”, de William Berger. Dialogar com o grupo a respeito das problemáticas identificadas na comunidade, em especial sobre o trabalho escravo, que é o principal foco do grupo jovem da CPT de Currais atualmente. Utilizaremos para essa discussão o texto “o que é trabalho escravo contemporâneo“, de Ricardo Resende Figueira. Além disso, orientar o grupo a estudar sobre a temática em reportagens de jornais, documentários, pesquisas com moradores da comunidade sobre casos de trabalho escravo, entre outras fontes. Neste trabalho, iremos trabalhar com os protocolos, que é uma das estratégias que contribuem para o acompanhamento no que diz respeito à avaliação do desenvolvimento individual relacionados ao ensino e a aprendizagem dentro das etapas dos processos teatrais (Concílio e Koudela, 2019). Para este momento da oficina, utilizaremos as apostilas com dos textos mencionados acima.
Logo após, iniciar os exercícios e jogos teatrais
· Exercícios de aquecimento:
_corporal: alongamentos. Tanto nos alongamentos como em alguns jogos, devemos sempre ter em mente que o corpo é a ferramenta de trabalho do autor e que, portanto, devemos tratá-lo bem e com respeito, desenvolvendo atividades que possam promover o seu bem estar como alongamentos. Devido à rotina que nos é imposta culturalmente, nossos corpos acabam adquirindo comportamentos semelhantes às máquinas, no qual muitas das vezes acabamos fazendo coisas automáticas. Por isso, durantes as oficinas, trabalharemos com o objetivo de desmecanizar os corpo. O homem do final do ultimo milênio não sente mais seus pés porque o seu corpo está mecanizado, e essa mecanização foi responsável pela formação do homem sem projeto, triste e solitário e, tendo em vista isso, é preciso desmecanizar o corpo para libertá-lo dos grilhões da desumanização (Ymiracy N de S. Polak 1998). Ainda segundo a autora, “desmecanizar é tornar-se consciente, investir no sensível, valorizar a compreensão, o sentir”, desse modo podemos observar na pratica dos exercícios e jogos teatrais de desmecanizaçao do corpo, que tornamos o nosso corpo consciente, pois estamos sentindo o nosso corpo, estamos concentrados em cada movimento porque sabemos que temos que desenvolve-lo os mais precisamente possível.
_vocais: escovar os dentes; acordar as cordas vocais apalpando-as; navio; tra, tre, tri, tro, tru; vu, rá, plim.
Os alongamentos serão feitos entre 15 e 20 minutos
Outros exercícios de aquecimento:
Chuva, tempestade e trovoada: objetivo do exercício é sempre estar protegido debaixo de uma casa. No jogo sempre uma pessoa ficará sem casa, por isso exige agilidade na hora de entrar numa casa. O público deve estar atento à orientação do facilitador que, quando falar o comando chuva, devem formar duplas e erguer os braços formando uma casa, e outros devem entrar individualmente em baixo das casas, no final desta etapa devem ter pessoas em todas as casas e uma pessoa do lado de fora. Quando falar tempestade as casas devem se mover do seu morador atual e ir até outro morador que perdeu a sua casa, de modo que nenhum morador fique embaixo da mesma casa. Quando o facilitador falar trovoada as casas e os moradores se desfazem e formam novas duplas e novos moradores. Pegue a constituição: os participantes são divididos e formam duas filas, cada participante de uma fila recebe um número. O mesmo é feito com a outra fila de modo que o número um de uma fila não fique de frente para o número um da outra fila. No meio das duas filas é colocado um objeto que será a constituição (pode ser outra coisa como, por exemplo, um emprego). O facilitador fala um número e este número de cada fila deve correr para pegar a constituição. Ao final, ganha aquele que pegar e levar para sua fila sem ser tocado pelo outro. Ruas e vielas: neste jogo o facilitador pede para que dois dos jogadores fiquem isolados e divide o restante em duas ou três filas, de modo a formar linhas e colunas. Aos dois jogadores que ficaram de fora são atribuídos papéis como, por exemplo, uma criança e uma bruxa. Eles correrão em um jogo de pega-pega. Aos outros participantes são dados os comandos sobre serem ruas ou vielas. Quando o facilitador falar ruas, com os braços abertos, eles terão que se moverem abrindo braços de modo a formar um corredor, quando falar vielas, deverão se mover com os braços abertos de modo a formar vielas, que são pequenas ruas. As pessoas que irão interpretar a criança e a bruxa terão que correr entre as ruas ou vielas. Quando a dupla estiver correndo e, no momento a formação estiver em vielas, o facilitador diz para formarem ruas e deve serem formadas ruas. Os jogadores devem estar atentos para que não continuem correndo no sentido viela quando já for uma rua. Cada dupla terá de dois a três minutos para pegar a vítima, digo, a criança. Após esse tempo escolhem-se novas duplas até que todos tenham interpretado personagens.
Andando pelo espaço com variações usando bolinhas para aumentar a percepção dos jogadores, bem como a agilidade em jogar e receber a bolinha. Jogo do vampiro: exercício que ajuda no aguçamento do sentido da audição. Neste jogo os jogadores devem fechar os olhos e andar pelo espaço (com as mãos nos cotovelos e os braços posicionados para frente mais ou menos na altura dos ombros, para não machucar os colegas), um jogador, também de olhos fechados, será o vampiro e morderá os outros participantes. Quando alguém for mordido, deve esperar alguns segundos até que seja o tempo necessário para a “transformação”, em seguida solta um grito, que servirá de aviso para os outros participantes ficarem alerta e tentar se afastar do local de onde veio o grito. Quem se transforma em vampiro solta os braços, assim outro vampiro quando tocá-lo saberá que já é vampiro. O jogo acaba quando todos os participantes se transformarem em vampiros.
Exercícios de desmecanização do corpo: andando pelo espaço_anda/para-para/anda; pula/agacha-agacha/pula; Jogo do espelho/reflexo: neste jogo os jogadores são divididos em duas filas, que são posicionadas de modo que os jogadores fiquem de frente um para o outro. Depois um de uma fila será o espelho e o outro vai se olhar no espelho. Nesse momento, o espelho deve imitar o que a pessoa está fazendo. Depois disso, invertem-se os papéis. Esse jogo poder ser feito entre dois e quatro minutos.
Exercícios que estimulam a confiança, João bobo: dividem-se os jogadores em trio. Logo em seguida, dois se posicionam de frente um para o outro e o terceiro jogador fica no meio com corpo como se fosse uma alavanca e começa a se jogar para frente e para trás, com os outros dois jogadores segurando para não deixar cair a pessoa que está no meio. Depois trocam de posições até que todos tenham feito as mesmas funções. Este jogo pode ser realizado entre cinco e oito minutos. Jogo dos bastões: neste jogo, os jogadores podem estar organizados em uma roda ou em duas filas, mas é preferível em círculo porque há um momento em que eles já estarão bem familiarizados com o jogo, no qual o nível de dificuldade aumenta. É e o momento em que o facilitador pede para que a roda gire. A função dos jogadores é jogar o bastão para outro sem que acerte na pessoa para não machucar ou caia no chão e, detalhe, não pode avisar com palavras ao jogador que irá receber o bastão, a única forma de comunicação entre ambos é o olhar. Portanto, todos os jogadores devem estar atentos a quem estar com o bastão, para que este possa passá-lo adiante de modo que não demore muito com ele na mão. De acordo com o amadurecimento do grupo com o jogo o facilitador acrescenta mais bastões, aumentando o nível de dificuldade no jogo. Geralmente acrescenta-se de três, cinco ou oito bastões, dependendo da quantidade de jogadores e o jogo pode durar entre cinco a oito minutos, ou como o facilitador preferir. Para a realização deste jogo é necessário o uso de bastões, que podem ser feitos de cabos de vassouras, bambus, entre outras.
Requisição dos protocolos
Material: apostilas, bolinhas e bastões
Duração: 4 h
2° encontro
Leitura e discussão dos protocolos
· Exercícios de aquecimento:
_corporal: alongamentos
_vocais: escovar os dentes; acordar as cordas vocais apalpando-as; navio; tra, tre, tri, tro, tru; vu, rá, plim.
Exercícios
Andando pelo espaço com variações + jogo do foco (podemos fazer com a bolinha saindo de vários lugares ao mesmo tempo). Floresta de sons: nesse jogo, os participantes ficam divididos em duplas e consiste em um imitar um som que tem na floresta (um pássaro cantando, uma folha caindo, o barulho do vento), e o outro ficará com os olhos fechados e terá de seguir o som que sua dupla fará utilizando apenas o sentido da audição e a confiança no outro. Nesse caso, o que imita o som deve tomar cuidado para não fazer o som em lugares que fará o outro bater em paredes ou nos próprios colegas. Depois é só inverter as posições de modo que cada um tenha sido conduzido e condutor. Jogo do vampiro. Tome a palavra: nesse momento os jogadores estarão andando pelo espaço e o facilitador tem que dizer um tema para ser discutido, esse tema terá que ter argumentos pró e contra. Se a pessoa estiver argumentando contra, estiver com a palavra, outro jogador pode tomar a palavra do outro, mas nesse momento deve argumentar a favor do tema e vice versa. Esse jogo serve para exercitar o seguinte: às vezes a pessoa ouve alguém agredindo verbalmente a sua etnia, por exemplo, mas por ter sido ensinada a não interromper quando outro fala, por ser falta de educação, a pessoa acaba ouvindo calada. Nesse jogo ela pode, sim, interromper o outro se ela não concordar com as “besteiras” que o outro fala. Jogo de palmas: consiste em simular um jogo apenas batendo palmas, ou seja, os jogadores devem bater as palmas de modo que fique claro que o quê está acotecendo é um jogo de vôlei, pó exemplo, mas pode ser feitos com variações de outros jogos. Uno do, um dois três. Mosquito africano: nesse jogo os participantes devem estar posicionados em roda. Deve-se imaginar que um mosquito está voando em cima da cabeça de um dos jogadores e vai picá-lo. Nesse momento, o participante que está prestes a ser picado deve abaixar-se e os jogadores que estão do seu lado devem os dois bater palmas por cima da cabeça do jogador que está abaixado como se fossem matar o mosquito. Depois o jogador que matou o mosquito e estava do lado esquerdo, se abaixa logo em seguida e o jogador que tinha abaixado antes, juntamente com o outro jogador que está, também, à esquerda, devem agora matar o mosquito. É só seguir esse ritmo até que todos estejam fazendo sem errar muito ou nada. O facilitador pode soltar outro mosquito atrás do outro para aumentar o nível de dificuldade e, assim, fazer com que os jogadores fiquem bem atentos e aquecidos. Ache o seu par: neste, os jogadores devem estar andando pelo espaço e quando o facilitador o comando “casa” cada pessoa tem que arrumar um par, não precisa ser apenas casais de um homem e uma mulher, o importante é ter um par. Observação: nesse jogo um participante sempre tem que ficar sem par, assim, quando o facilitador falar para casar novamente, o jogador que ficar sem par na rodada anterior, deve aproveitar o tempo que estão trocando de par, para “roubar” um para ser o seu par. Serve para trabalhar criatividade, agilidade, estratégia e aquecer o corpo. Pode ser realiza entre dois ou quatro minutos.
Ruas e vielas. Pegue a constituição com variações: salve seu grande amor, pegue o bilhete premiado, pegue a água para beber, pegue o emprego.
Jogos de desmecanização do corpo: andando pelo espaço com variações de foco_pula/agacha_agacha/pula; para/anda, anda/para; morto/vivo, vivo/morto.
Detetive e matador. Objetivo: trabalhar concentração e percepção/observação. Nesse jogo, haverá um detetive e um matador e o resto são vítimas. Consiste em, quem for o matador, piscar um olho para algum jogador que ele julgue ser a vítima, ao mesmo tempo em que o detetive está atento para prender ele caso o veja piscando para alguém. Quando ele piscar para alguém, e esse alguém for uma vítima esse alguém deve dizer “estou morto” e sair do jogo. O jogo continua até todas as vítimas serem mortas ou o detetive prender o matador. Para definir os papéis é feito um sorteio baseado no número de participantes, no qual coloca-se um papel com a inicial do que vai ser os jogadores. Nesse caso, haverá um papel com a letra (D) de detetive e outro com a letra (M) de matador, o restante serão (V) de vítimas. Após o sorteio podem começar o jogo. Este jogo pode ser feito entre oito ou dez minutos.
Jogo dos limões. Objetivo: trabalhar concentração e dicção. Consiste em formar uma roda com os jogadores e um dos jogadores começa dizendo: “fui à feira e comprei um limão”, depois o jogador seguinte, do sentido que gira a roda, diz: “um limão, não, dois limões” e assim segue o jogo até que um jogador fale o nome errado, este sai da brincadeira e começa-se novamente do “fui à feira e comprei um limão”. O jogo segue até ficar apenas um, que este será o vencedor, ou até acabar o tempo de realização, que poder ser de três a cinco minutos.
Jogos para trabalhar a confiança no grupo: jogo dos bastões. Caio (depende de como será o desempenho do grupo no primeiro encontro). Esse jogo consiste em: os jogadores estarão andando pelo espaço e uma pessoa vai dizer “caio”, esperar entre três e cinco minutos e vai se jogar para trás, quando alguém falar os outros jogadores devem estar atentos para se dirigirem para trás desse alguém e pegá-lo para não cair no chão, devem ainda dar um volta com ele levantado do chão. Depois coloca no chão e continuam andando pelo espaço e outra pessoa deve falar “caio”. Observação: o grupo deve estar atento que duas pessoas não falem ao mesmo tempo. O exercício pode ser feito em um tempo de três a cinco minutos.
Eu vou pra lua. Objetivo: trabalhar a concentração e a memória. Nesse jogo os participantes ficam em roda e um deles diz: “eu vou para a lua e vou levar minha/meu (pode falar qualquer coisa)”, o participante seguinte deve falar que vai para a lua e vai levar (cita o objeto que a pessoa anterior disse que ia levar e fala outro objeto). Enquanto isso, os outros estão atentos nos objetos que os colegas estão falando para quando chegar sua vez, conseguir falar todos na mesma ordem que foi dito e mais o objeto que irá levar. Nesse jogo, quem esquecer ou errar a seqüência, sai do jogo e começa-se outra rodada. Pode ser feito entre três e cinco minutos.
Requisição dos protocolos
Material: bolinha, bastões, papel e caneta
Duração: 4 h
3° encontro
Leitura e discussão dos protocolos
Discussão sobre métodos teatrais: teatro fórum e teatro imagem para início da criação de pequenas peças teatrais a respeito das problemáticas discutidas no primeiro encontro.
Aquecimento: alongar o corpo e aquecer a voz com tra, tre, tri, tro, tru; lha, lhe, lhi, lho, lhu, vu, Ra, plim.
Andando pelo espaço com variações: bolinhas, floresta de sons.
Pegue a constituição com variações, jogo dos meios de transportes: neste jogo, dependendo da quantidade de participantes, divide-se em grupos e cada grupo deve pensar e montar um meio de transporte com seus próprios corpos. Hipnotismo colombiano: neste jogo formam-se duplas, no qual um será hipnotizado olhando para a mão do outro, deve acompanhar a mão por onde ela for tentando ao máximo percorrer o caminho que ela faz. Jogo dos bastões e João bobo.
Caminhada com obstáculos: nesse jogo os participantes devem andar de acordo cada tipo de ambiente que o facilitador propor. Por exemplo, eles podem caminhar como se estivessem pisando ovos, andando no gelo, pisando em espinhos, andando como elefantes, vento forte, piso quente, vidros quebrados, deserto, escuro. Objetivo: trabalhar a concentração, expressão facial e improviso.
Preso: objetivo: treinar a capacidade de improviso, expressão e concentração. Nesse o jogo facilitador coloca situações para cada participante e ele tem que atuar como se estivesse realmente preso naquela situação, utilizando todo seu corpo, expressão facial, entre outros. Situações: elevador, arataca, árvore, engancho, dentro do carro, cerca de arame farpado. O tempo para cada jogador realizar sua tarefa pode ser de dois a quatro minutos.
Receita a um colega. Objetivo: trabalhar a capacidade de se expressar, dicção, tom de voz, concentração, memorização e os sentidos visão e audição. Consiste em dividir os participantes em dupla e eles terão que contar uma receita (que ele/a viu na internet, ou aprendeu com a mãe ou com o pai) para o outro a distância, ao mesmo tempo em que as outras duplas estão falando também. Por isso, o jogador que estiver responsável por ouvir a receita do outro ao mesmo tempo em que o que está falando deve tentar falar alto para se sobrepor a voz das outras duplas. Depois de e o outro tem que repetir depois. Após esse momento, a pessoa que estava ouvindo a receita deve repetir para o grupo todo. Depois inverte os papéis e repete a mesma dinâmica, mas com receitas diferentes.
Jogos e exercícios teatrais:
Meio de transportes. Homenagem a Magriht: nesse jogo coloca-se um objeto qualquer no meio dos participantes, e estes devem interagir com o objeto tocando ou não nele, de modo que aquele objeto seja, naquele momento, outra coisa que será definida a partir da imaginação do jogador. Por exemplo, se o objeto colocado for uma garrafa, a partir da interação dos jogadores com ela, a mesma pode ser uma lixa de unha, um vaso sanitário, etc. Fotografia dinamarquesa: neste jogo, o facilitador aponta com um celular, ou câmera mesmo para um lado do espaço onde estão e pede uma foto de uma cena, e os jogadores devem montar aquela cena usando seus corpos. Por exemplo, pode ser a cena de um casamento, batizado, entre outras. Imagem da opressão-ideal-transição: nesse momento utilizaremos da fotografia dinamarquesa para representar uma imagem onde as pessoas estão sendo oprimida. Depois uma imagem que represente não mais a opressão, mas uma cena que seria ideal e, detalhe, a imagem ideal deve ser montada a partir da modificação da imagem da opressão e, por último, a imagem da transição, ou seja, devem construir uma imagem que represente a passagem da imagem da opressão para a imagem ideal.
Início da criação e montagem das peças
Requisição dos protocolos e de estudos sobre falas a respeito do trabalho escravo para criação da peça no próximo encontro.
Material: celular, bolinhas e bastões
Duração: 4 h
4° encontro
Leitura e discussão dos protocolos
Aquecimento do corpo com alongamentos
Andando pelo espaço com variações: tome a palavra, floresta de sons e caio.
Continuação da montagem das peças _ ensaios, criação das falas e construção das cenas
Apresentação das peças e análises sobre forma, conteúdo e modo de produção.
Material: bolinhas, papel e caneta.
Duração: 4 h
Referências:
BERGER, W. (2014). Augusto Boal e o teatro do oprimido. Revista em Pauta, 33, 109- 133.
CANDA, C. N. Teatro-fórum: propósitos e procedimentos. Urdimento [internet]. 2012 [acessado 2020 Abr 26]b; 02:119-128. Disponível em: http://www.ceart, udesc. br/ppgt/urdimento/2012/12_Teatro-Forum_-_propositos_e_procedimentos.pdf
» http://www.ceart,udesc.br/ppgt/urdimento/2012/12_Teatro-Forum_-_propositos_e_procedimentos.pdf
CONCÌLIO, V; KOUDELA, I. D. Protocolos e a pedagogia do teatro_da tradução dos protocolos de estudantes sobre Aquele que diz sim aos protocolos do “trabalho alegre”. Urdimento, Florianópolis, v. 1, n. 34, p. 246-255, mar./abr. 2019.
Exercícios de teatro / Jogos teatrais - Eu vou pra lua. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qNQlSLjMwAY. Acesso em: 26 de abr. de 2020.
Exercícios de teatro / Jogos teatrais - Receita a um colega. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DMnmtimMLSI. Acesso em: 26 de abr. de 2020.
Exercícios de teatro / Jogos teatrais - Preso. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LfEuifO7owE. Acesso em: 26 de abr. de 2020.
Exercícios de teatro / Jogos teatrais - Caminhada com obstáculos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pcCC4qqd86w. Acesso em: 26 de abr. de 2020.
FIGUEIRA, R. R. O que é trabalho escravo contemporâneo. Disponível em: http://www.gptec.cfch.ufrj.br/pdf/oqueetrabalhoescravo_ricardo.pdf. Acesso em: 05/03/2011.
LEHMANN, H-T. Teatro Pós-Dramático e Teatro Político. Trad. Rachel Imanishi. Sala Preta 3. Revista do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, São Paulo: 2003.
POLAK, Y. N. S. A desmecanização do corpo. Cogitare Enferm, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 28-31, jan./jun, 1998.
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